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A Informática no Brasil.

O primeiro computador a chegar ao Brasil foi Univac da Sperry, importado pelo Governo de São Paulo em 1957. Quinze anos depois, o país possuía 700 sistemas, um número ainda pequeno, sendo que todos eles eram importados. Isso explica a afirmação de que "no Brasil dos anos 60 e 70, o computador era algo raro e estrangeiro." Em 1974, o Brasil atendia 98,6% do seu mercado através da importação. Enquanto isso, na França, a importação representava apenas 42% do mercado e, no Japão, 26%. Esses índices denotam a grande dependência do mercado brasileiro em relação as produtos fabricados no exterior.

No final da década de 70, o número de computadores no país já chegava a 6 mil. Cerca de 70% dessas máquinas enquadravam-se na categoria mini. O minicomputador era um sistema de pequeno tamanho, multiusuário, multitarefa, com CPU de 16 bits e memória de 32 Kb a 64 Kb. Seus circuitos eram similares aos dos computadores de grande porte. O que o diferenciava era seu tamanho, versatilidade e preço.

Cabe ressaltar que não existiam indústrias de computadores no país antes de 1976. A IBM e a Burroughs possuíam no Brasil apenas linhas de montagem final de alguns equipamentos por elas projetados e industrializados no exterior.

Os altos índices de importação impediam o desenvolvimento da indústria brasileira, pois as empresas nacionais não investiam nos produtos aqui desenvolvidos devido a impossibilidade de ganhar a concorrência contra os produtos importados.

Era necessário um incentivo à indústria brasileira. Em 1976, a Comissão de Coordenação das Atividades de Processamento Eletrônico (CAPRE) recebe a incumbência de formular uma Política Nacional de Informática. A solução encontrada foi limitar a importação, de modo a proporcionar desenvolvimento à indústria nacional. Foi o início da reserva de mercado.

Foi realizada uma concorrência internacional onde as 3 empresas escolhidas seriam as únicas a ter o direito de importar componentes e peças necessários para a montagem de minicomputadores no Brasil durante 5 anos. As empresas escolhidas foram todas brasileiras: a EDISA (RS), a SID e a Labo (SP).

Durante esses 5 anos, mais de 300 empresas foram criadas na área, como a finalidade de projetar e fabricar pequenos sistemas, equipamentos terminais, unidades de disco, modens, etc.

Durante o período de 1976 a 1985, realizou-se no país um trabalho de engenharia num segmento industrial nascente que jamais se realizara antes no país. Escrever ou evoluir linguagens, compiladores, sistemas operacionais e programas de comunicação; projetar e fabricar placas de memória e outros circuitos; conceber, projetar e fabricar terminais de vídeo, teclados e outras unidades periféricas; construir CPUs inteiras; desenvolver computadores para colocar no mercado, alguns, como os sistemas bancários, capazes de se comunicar de uma ponta a outra do Brasil… A reserva de mercado gerou um grande desenvolvimento na indústria nacional de Informática. Foi extinta durante o Governo Collor.

O mercado de Informática tem crescido muito nos últimos anos e a tendência é que continue dessa forma por um bom tempo. A indústria de equipamentos eletrônicos no país cresceu, e as multinacionais ainda representam grande parte do mercado.

Hoje o incentivo dado à indústria nacional é baseado em impostos sobre os produtos importados. Infelizmente, os impostos são baixos e os índices de importação altos. Uma política mais protecionista, mas não tão radical como a Reserva de Mercado, deveria ser estudada para a aplicação no país.

Atualmente, com a globalização das indústrias, muitas multinacionais estão estabelecidas em nosso país. A chegada de grandes fornecedores internacionais de peças contribui para reduzir os custos de produção dos fabricantes locais de computadores.

Os fabricantes locais, entretanto, temem que suas empresas sejam tragadas por essa onda de globalização. A entrada de fornecedores internacionais no mercado de prestação de serviços de manufatura de produtos eletrônicos vai elevar o nível da competição local e exigir índices mais altos de profissionalização na relação das empresas com seus clientes.



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